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terça-feira, 12 de abril de 2011

Enxaquecas

   Segundo uma pesquisa da Organização Mundial de Saúde, realizada em 2003, cerca de 303 milhões de pessoas no mundo sofriam de enxaqueca. Diferente da dor de cabeça comum, que pode ser esporádica, a enxaqueca é uma doença genética.

   A enxaqueca é uma doença determinada por genes, que provoca alterações químicas em áreas cerebrais que gerenciam a nossa percepção de dor. Trata-se de uma doença benigna, e está presente em torno de 12% das crianças e 17% dos adultos em todo o mundo.

   Porém, apesar da causa ser genética, existem numerosos factores que desencadeiam as crises, entre os principais: emoções (negativas ou positivas), odores, alimentos (chocolate, queijos, derivados do leite em geral e embutidos), luminosidade em excesso, privação ou excesso de sono e a menstruação.

A enxaqueca e a mulher
   As estatísticas novamente não mentem. A mulher é a que mais sofre com esta doença no mundo. Segundo pesquisa, cerca de 75% das pessoas que têm a doença são mulheres, sendo as hormonas as maiores culpadas.

   Os factores hormonais têm um papel importante nesta questão. Na infância, antes da puberdade, a prevalência da enxaqueca é muito semelhante entre rapazes e  raparigas, tendendo até mesmo a uma pequena vantagem dos rapazes. Após os 10 anos de idade, as mulheres progressivamente são mais susceptiveis à enxaqueca. Na idade adulta temos praticamente uma razão de três mulheres para um homem.

   Por causa das variações hormonais pelas quais passa ao longo do seu ciclo menstrual, sobretudo a queda na produção dos estrogénios que ocorre às vésperas da menstruação, a mulher tem mais hipóteses de sofrer dessa doença. Prova disso é que a enxaqueca tende a "dar uma folga" na gestação, quando a produção dessa hormona é estável, ou desaparecer por ocasião da menopausa, quando cessam a sua produção.

Correr, um optimo remédio
   A actividade física pode ajudar a diminuir os sintomas. A corrida, praticada com regularidade, ajuda muito a diminuir os sintomas da doença. Entrevistaram 1230 pessoas e aquelas que praticavam actividade física aeróbica regular (pelo menos 3 vezes por semana) tinham menos crises de cefaléia (termo médico usado para designar dor de cabeça).

   Outro factor muito interessante da corrida é que ela é um excelente modo de aprender a lidar com o stress e a frustração do dia-a-dia. Ter um treino regular, um objectivo a ser cumprido ajuda no nosso preparo para as dificuldades da nossa vida. Quando conseguimos completar uma corrida que planejamos, temos uma enorme satisfação interna e, consequentemente, a valorização do nosso esforço pessoal.

   O hábito saudável, aliado à prática do desporto, é um remédio natural para o combate da doença. A actividade física regular é recomendada para todos que têm enxaqueca, pois as evidências científicas indicam que estimula a produção de endorfina, analgésico natural produzido pelo nosso cérebro, que combate a enxaqueca. As pesquisas mostram que pessoas sedentárias e que abusam de analgésicos tendem a sofrer mais com a doença, pois o cérebro, além de produzir pouca ou nenhuma endorfina, percebe que o indivíduo já está  a exagerar no uso do medicamento e, com isso, para de produzir este analgésico natural.

   Durante as crises de enxaqueca, o melhor mesmo é o repouso. A corrida serve mais como prevenção às dores decorrentes da enxaqueca. Na hora da crise, ao contrário, o indivíduo deve optar pelo mínimo esforço, já que, por se tratar de uma dor de carácter vascular, qualquer actividade pode agravar o incomodo.

Amanhã falarei sobre alimentos que podem evitar a enxaqueca. Resolvi falar sobre isto hoje porque uma pessoa muito especial para mim, detentora de montes de medalhas em atletismo sofre muito de enxaquecas. E sendo uma doença muito comum poderei ajudar muita gente. Obrigado por lerem.

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